30 dezembro 2014

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS ~ MARKUS ZUSAK



O livro (2005) - que entrou na lista dos meus favoritos - conta a história de Liesel Meminger, a narrativa é feita pela Morte; estranho e ao mesmo tempo acertado uma vez que a história é vivida no tempo da Segunda Guerra Mundial em uma Alemanha nazista.

Liesel, escapa da morte várias vezes e assim ganha a sua afeição. Ela é uma sobrevivente e uma lutadora. A Mãe de Liesel por ser considerada comunista, decide dar os filhos para um casal de alemães sem filhos, assim os protegeria da morte. Infelizmente o menino morre na viagem…

No enterro o coveiro deixa cair um livro e Liesel, mesmo sem saber ler, se apega a única lembrança de um dia triste. O livro (O Manual do Coveiro) lhe dá conforto e lhe devolve a memória de um dia…

Os pais adotivos Rosa e Hans Hubermann, aprendem a amar Liesel, especialmente Hans, um homem de alma nobre, bem humorado e generoso. Hans ensina Liesel a ler, se divertir e apreciar a Vida.

Na escola Liesel tem Rudy como melhor amigo e também parceiro de aventuras. Uma amizade cheia de desafios e afetos.

Outra amiga de Liesel é Ilsa, a esposa do prefeito. Ela permite que Liesel use a biblioteca durante a entrega das roupas que Rosa lavava para a família.

Mais tarde... a família acolhe Max, um judeu. Max e Liesel tem o mesmo amor pelos livros e juntos descobrem o poder das Palavras. Eles sabem que as palavras expressam poder, formato, e criam realidades… memórias.


O FILME…

A Menina que Roubava Livros, foi dirigido por Brian Percival – conhecido pela serie de TV Downtown Abbey (que eu também gosto muito) – e roteirizado por Michael Petroni – O Ritual (2011) e Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada (2010).

Assim como Zusak, o filme de Brian Percival abre com um narrador curioso: a Morte. Esse personagem surge através da voz reconfortante do carismático ator inglês Roger Allam, abalizando o clima “terno melancólico” que vai permear a narrativa.

A protagonista Liesel é vivida por Sophie Nélisse uma boa escolha… os olhos de Sophie falam. O casal alemão Hans (Geoffrey Rush) e Rosa (Emily Watson) foram perfeitos.

Salvo as tradicionais licenças das adaptações, sempre questionadas e discutidas pelos defensores da fidelidade em relação ao material original, o filme ficou muito bom.

O filme foca nas desventuras de Liesel com seus pais adotivos, seu amigo Rudy (Nico Liersch), e Max (Ben Schnetzer). A esposa do prefeito interpretada por Kirsten Block é muito bem vinda e a cena da biblioteca é maravilhosa.

Para mim as melhores cenas foram protagonizadas por Sophie Nélisse com Geoffrey Rush, a jovem Sophie Nélisse encontra rara química e a troca de olhares entre os dois atribui delicadeza ao filme. As cenas com Ben Schnetzer fazem jus a leitura.

O Natal é tocante, assim como os encontros com Ruby e as discussões, sob a perspectiva juvenil, do lamentável momento histórico que presenciavam. Vale a pena ver o filme… 


Pegadas na Areia ~ Mary Stevenson

Uma noite eu tive um sonho.  
 Sonhei que estava andando na praia com o Senhor 
.  E através do Céu, passavam cenas da minha vida. 
  Par...